A USD Coin (USDC) tem se consolidado como uma das principais stablecoins do mercado cripto. Lançada em 2018 pela Circle em parceria com a Coinbase, a USDC é uma stablecoin colateralizada em dólar e operada sob padrões de conformidade regulatória e auditoria financeira, o que a torna uma das opções mais seguras para quem deseja estabilidade em transações digitais.
Se você está considerando utilizar stablecoins em suas operações, é fundamental entender os prós e contras da USDC, especialmente frente à crescente variedade de ativos digitais disponíveis.
Neste conteúdo, você encontrará uma análise aprofundada com 5 vantagens e 5 desvantagens da USDC, comparando aspectos técnicos, práticos, tributários e de usabilidade real.
O que é a USDC e por que ela importa?
A USDC é uma stablecoin de valor atrelado ao dólar americano em proporção 1:1. Isso significa que, para cada USDC em circulação, existe um dólar armazenado como reserva, conforme atestado por auditorias periódicas.
O uso de stablecoins como a USDC vem crescendo rapidamente em diversos contextos, como remessas internacionais diretas via blockchain, pagamentos entre empresas e reserva de valor digital. Em um ambiente de incerteza econômica global, o acesso a ativos estáveis como a USDC representa um refúgio seguro com liquidez imediata.
Vantagens de usar USDC
Conheça as vantagens de usar a USD Coin (USDC):
1. Paridade com o dólar americano (USD)
A principal vantagem da USDC é sua paridade com o dólar — a moeda de reserva mais influente do mundo. Isso garante previsibilidade de valor, algo extremamente valioso em um mercado cripto onde ativos como Bitcoin e Ethereum podem oscilar dezenas de pontos percentuais em poucas horas.
Essa característica é ideal para quem deseja enviar dinheiro ao exterior sem exposição à volatilidade. Para entender melhor como isso se aplica, veja como a Bity Payments usa stablecoins para remessas com menos taxas, tornando a operação simples e econômica.
2. Estabilidade e confiança institucional
A USDC se diferencia por ser emitida por instituições americanas reguladas e auditadas, como a Circle, que fornece transparência sobre as reservas. O lastro é mantido em ativos líquidos e conservadores, como títulos do Tesouro dos EUA, o que oferece confiança adicional aos usuários.
Essa transparência é um diferencial frente a concorrentes como o USDT. Veja mais comparações em nosso artigo sobre diferenças entre USDT e USDC.
3. Baixa volatilidade para uso no dia a dia
Por manter seu valor estável, a USDC é ideal para transações rotineiras, como pagamentos, salários e transferências. Muitos freelancers e empresas internacionais já utilizam a stablecoin como meio de pagamento — tanto para evitar taxas bancárias quanto para garantir valor fixo na operação.
Esse é um dos motivos pelos quais ela tem ganhado espaço em pagamentos internacionais entre empresas, uma área em que a previsibilidade de valores e a agilidade de liquidação são determinantes.
4. Facilidade para remessas e transferências transfronteiriças
A USDC é uma excelente opção para quem deseja mandar ou receber dinheiro do exterior. Diferente das operações tradicionais com bancos, as remessas com stablecoins são mais rápidas, com taxas reduzidas e maior rastreabilidade.
Além disso, como não depende de intermediários como bancos centrais ou sistemas como o SWIFT, a USDC torna o processo acessível a quem não possui conta em banco — o que é fundamental em países com sistemas financeiros limitados.
5. Ideal para iniciantes no mercado cripto
Por ser fácil de entender e menos sujeita à especulação, a USDC é ideal para quem está começando. Ela permite que usuários entrem no ecossistema de criptoativos sem se preocupar com quedas bruscas ou análises complexas de mercado.
Aliás, muitos investidores iniciam suas carteiras digitais com stablecoins antes de migrarem para outros ativos. Para quem deseja proteger seu capital inicial da volatilidade, a USDC oferece uma porta de entrada simples, funcional e segura.
Desvantagens de usar USDC
Acompanhe as desvantagens e recomendações:
1. Dependência do sistema financeiro tradicional
Embora seja uma criptomoeda, a USDC ainda está fortemente atrelada ao sistema bancário tradicional. Suas reservas em dólares estão sob custódia de instituições centralizadas, o que pode gerar críticas entre defensores da descentralização.
Esse modelo híbrido gera certa desconfiança para quem busca uma experiência totalmente descentralizada. Em contrapartida, ele é essencial para garantir o envio de remessas internacionais com respaldo regulatório, o que torna a USDC uma solução pragmática, embora não 100% descentralizada.
2. Aceitação limitada no comércio tradicional
Apesar de estar presente em milhares de exchanges e plataformas DeFi, a USDC ainda enfrenta barreiras para uso cotidiano fora do universo digital. Estabelecimentos físicos raramente aceitam stablecoins diretamente — o que exige conversões constantes para moeda fiduciária.
Por outro lado, o cenário vem mudando rapidamente com soluções como o uso de stablecoins em remessas internacionais diretas, que tornam essas moedas cada vez mais integradas ao sistema financeiro global.
3. Risco regulatório em evolução
A ausência de marcos regulatórios sólidos e uniformes globalmente representa um risco para o uso da USDC. Embora os EUA estejam avançando em legislações específicas para stablecoins, mudanças futuras podem impactar a emissão, custódia e circulação desses ativos.
Além disso, países com políticas mais restritivas podem impor tributos ou restrições ao uso dessas moedas. Para entender como a carga tributária se aplica, veja como o IOF atua no mercado cripto, especialmente em remessas e conversões com stablecoins.
4. Exige responsabilidade na custódia
Como qualquer ativo digital, a segurança da USDC depende da forma como ela é armazenada. Embora carteiras digitais ofereçam autonomia, o usuário é responsável por manter senhas, backups e dispositivos seguros.
Exchanges também podem ser alvo de ataques. Portanto, é recomendável o uso de carteiras com autenticação de dois fatores e, preferencialmente, a custódia parcial ou total em cold wallets.
5. Taxas de transação e spread cambial
Apesar de prometer economia, a compra de USDC pode envolver taxas embutidas — seja no momento de aquisição em reais, nas transferências on-chain (especialmente se a rede Ethereum estiver congestionada), ou nos saques.
Esses custos precisam ser avaliados com cuidado, especialmente em mercados como o Brasil, onde o IOF pode encarecer investimentos em stablecoins. É recomendável sempre calcular o custo total da operação antes de investir.