Selic e câmbio: entenda como essas taxas afetam seu dinheiro

Selic e câmbio são dois termos econômicos que estão presentes diariamente nas notícias, mas ainda geram muitas dúvidas.

Essas taxas não apenas influenciam o mercado financeiro e as decisões do governo, como também impactam diretamente o bolso dos brasileiros: afetam os preços, os investimentos, os empréstimos, o custo de vida e até as remessas internacionais.

O que é a taxa Selic?

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve de referência para todas as outras taxas de juros cobradas em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

Selic é a sigla para “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”. Essa taxa surgiu nos anos 1980 e passou a ser o principal instrumento da política monetária brasileira, usada para controlar a inflação e estabilizar a economia.

A Selic é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central. O comitê se reúne para avaliar os dados econômicos e decidir se a taxa será mantida, reduzida ou aumentada.

Papel do Comitê de Política Monetária (Copom)

O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão responsável por definir a taxa Selic com base nas diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O principal objetivo do Copom é assegurar o cumprimento da meta de inflação estabelecida para o ano, utilizando a Selic como principal instrumento de controle.

O Copom realiza reuniões periódicas a cada 45 dias, nas quais analisa uma série de indicadores macroeconômicos, como inflação corrente e esperada, nível de atividade econômica, câmbio, risco fiscal e cenário externo. Com base nessa avaliação, o comitê decide se a Selic deve ser mantida, elevada ou reduzida.

Se a inflação estiver acima da meta, o Copom pode elevar a Selic para conter o consumo e reduzir a pressão sobre os preços. Caso a inflação esteja controlada e a economia desacelerada, o comitê pode optar por cortar juros, estimulando a atividade econômica, o crédito e o consumo.

Diferença entre Selic Meta e Selic Over

A Selic Meta é a taxa de referência definida pelo Copom a cada 45 dias e serve como base para toda a política monetária do país. Já a Selic Over é a taxa efetivamente praticada entre os bancos em empréstimos de curtíssimo prazo com lastro em títulos públicos.

Na prática, a Selic Over acompanha de perto a Selic Meta, mas pode variar levemente no dia a dia.

Selic nos investimentos públicos e privados

A taxa Selic é usada como referência em diversos produtos de investimento, como o Tesouro Selic — um dos títulos mais seguros do país. Além disso, CDBs, LCIs e fundos DI também acompanham a variação da Selic, tornando-a essencial para quem investe em renda fixa.

Para que serve a Selic?

Mais do que um indicador, a Selic é uma ferramenta econômica de grande impacto no dia a dia dos brasileiros.

Controle da inflação no Brasil

A principal função da Selic é controlar a inflação. Juros mais altos desestimulam o consumo, enquanto juros mais baixos incentivam o crédito e o crescimento.

Influência nos juros de empréstimos, financiamentos e investimentos

Quando a Selic sobe, os bancos aumentam os juros cobrados em seus produtos. Por outro lado, aplicações em renda fixa passam a render mais.

Impacto no consumo e na economia em geral

Mudanças na Selic afetam o poder de compra das pessoas e os custos das empresas, influenciando desde a decisão de tomar crédito até o investimento em novos negócios.

Exemplo prático: como a Selic afeta seu financiamento

Suponha que você faça um financiamento de R$ 100.000 para pagar em 10 anos (120 meses), com parcelas fixas. Veja a diferença no custo total do empréstimo conforme a taxa Selic:

Selic Taxa de juros anual estimada Valor da parcela Custo total ao final do contrato
10% ~12% a.a. R$ 1.430 R$ 171.600
12% ~14% a.a. R$ 1.554 R$ 186.480
  • Diferença total: mais de R$ 14.800 a pagar em juros com apenas 2 pontos percentuais a mais na Selic.

Essa simulação mostra como pequenas variações na taxa Selic podem gerar um impacto significativo no custo final de financiamentos, empréstimos e parcelamentos — principalmente em prazos longos. Por isso, é essencial acompanhar as decisões do Copom e considerar o cenário da Selic antes de assumir dívidas de longo prazo.

O que é o câmbio?

Câmbio é a relação entre moedas de diferentes países. No Brasil, normalmente nos referimos ao valor do dólar em relação ao real. A taxa de câmbio define quanto custa comprar uma moeda estrangeira com a moeda local. Ela é essencial para o comércio exterior, viagens internacionais, investimentos e remessas.

Diferença entre câmbio comercial e turismo

O câmbio comercial é usado em transações entre empresas e operações financeiras oficiais. Já o câmbio turismo é aplicado em compras de moeda em casas de câmbio, cartões de crédito internacionais e viagens.

Dólar comercial vs. Dólar turismo

Imagine que o dólar comercial esteja cotado a R$ 5,00. No mesmo momento, o dólar turismo — usado em compras com cartão internacional, saques no exterior e aquisição de moeda em espécie — pode custar R$ 5,30, R$ 5,50 ou até mais.

Essa diferença ocorre porque o dólar turismo incorpora custos operacionais, impostos (como o IOF) e a margem de lucro das casas de câmbio e instituições financeiras.

Para o consumidor final, isso significa pagar até 10% a mais na conversão — o que impacta diretamente os gastos em viagens, compras online internacionais ou pagamentos em moeda estrangeira.

  • Exemplo real: Uma compra de US$ 1.000 sai por R$ 5.000 no câmbio comercial, mas pode custar R$ 5.500 no turismo — uma diferença de R$ 500.

Por isso, entender essa distinção é essencial para planejar melhor viagens, controlar gastos internacionais e até comparar plataformas de remessa e câmbio.

O que faz o real se valorizar ou desvalorizar frente ao dólar?

Fatores como taxa de juros, inflação, estabilidade política e entrada de capital estrangeiro afetam o valor do real. Juros altos atraem dólares; crises ou inflação afastam investimentos e desvalorizam a moeda.

Qual a relação entre a Selic e o câmbio?

As duas taxas estão diretamente ligadas. Mudanças na Selic influenciam a valorização ou desvalorização do real.

Selic alta atrai dólares e valoriza o real

Quando a Selic está alta, o Brasil se torna mais atrativo para investidores estrangeiros, que trazem dólares ao país. Isso aumenta a oferta de moeda estrangeira e valoriza o real.

Selic baixa e a fuga de capital estrangeiro

Por outro lado, juros mais baixos podem fazer com que investidores retirem recursos do Brasil, o que reduz a entrada de dólares e pressiona a taxa de câmbio para cima.

Impactos para importadores, exportadores e quem faz remessas internacionais

Empresas que importam se beneficiam do real valorizado, pois compram mais pagando menos. Exportadores preferem o dólar alto, que aumenta sua margem de lucro. Para quem envia ou recebe dinheiro do exterior, a taxa de câmbio é decisiva no valor final da transação.

Carry trade

O “carry trade” é uma estratégia usada por investidores estrangeiros para lucrar com as diferenças de juros entre países. Quando a Selic está alta, o Brasil atrai esses investidores que buscam rendimento, o que aumenta a entrada de dólares e valoriza o real.

Como essas taxas afetam sua vida financeira?

Tanto a Selic quanto o câmbio têm efeitos diretos no dia a dia de quem investe, consome, empresta ou realiza transações internacionais.

  1. Investimentos: renda fixa x renda variável: Com a Selic alta, a renda fixa fica mais atrativa e segura. Quando a taxa está baixa, muitos buscam retorno na renda variável, como em criptoativos, bolsa de valores ou no mercado internacional.
  2. Financiamentos, crédito e custo de vida: A Selic define o custo do dinheiro no país. Juros mais altos encarecem financiamentos e reduzem o poder de compra, afetando o consumo das famílias.
  3. Envio e recebimento de dinheiro do exterior: Taxas cambiais elevadas e IOF podem tornar remessas caras. Por isso, plataformas com stablecoins como o Bity Payments oferecem uma alternativa mais econômica e eficiente.

Pós-fixado ou prefixado: qual escolher?

Investimentos atrelados à Selic (pós-fixados), como o Tesouro Selic e CDBs DI, acompanham a taxa atual de juros, sendo mais seguros em tempos de incerteza. Já os prefixados oferecem uma taxa fixa e são vantajosos quando se espera queda na Selic.

Bity Payments: solução em um cenário de variações na Selic e no câmbio

Se você busca previsibilidade, economia e agilidade para suas transações internacionais, o Bity Payments é a alternativa ideal.

Câmbio tradicional vs. Stablecoins em remessas internacionais

Em uma remessa tradicional de US$ 1.000 enviada por banco ou casa de câmbio, o valor convertido é geralmente baseado no dólar turismo, que pode estar em R$ 5,40, enquanto o dólar comercial está em R$ 5,00.

Além disso, há incidência de taxas bancárias e IOF de até 10,96%, o que pode elevar o custo total da operação para mais de R$ 6.000.

Com o uso de stablecoins como USDT ou USDC, a conversão se aproxima do dólar comercial, sem a cobrança dos mesmos impostos e tarifas bancárias.

Comparativo realista:

  • Via banco tradicional: Envio de US$ 1.000 pode custar R$ 6.050 (incluindo IOF e margem cambial).
  • Via Bity Payments com stablecoins: Mesmo valor enviado por cerca de R$ 5.100, com liquidação rápida e rastreável.

Ou seja, ao optar por plataformas que usam criptoativos atrelados ao dólar, você reduz a exposição ao câmbio turismo, evita tarifas abusivas e ganha mais previsibilidade no valor final da remessa.

Selic e câmbio são decisivos para o bolso dos brasileiros

Entender como funcionam a Selic e a taxa de câmbio é essencial para se planejar financeiramente. Essas taxas influenciam desde os preços nos supermercados até a rentabilidade das suas aplicações e o valor de uma remessa internacional.

Com tecnologia e operação especializada em remessas, o Bity Payments permite que você atue no cenário econômico global com agilidade, previsibilidade e menos taxas.