Entre tantos impostos que ouvimos falar com recorrência, um é especialmente importante para que os investidores e empresas entendam: o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Neste guia, te explicaremos o que é IOF, como ele impacta o mercado financeiro e investimentos de curto prazo, como ele influencia transações para o exterior e mais.
Conte com a Bity para aprender mais sobre o mundo das finanças!
Países que regulamentaram as criptomoedas: uma análise global
- O que significa IOF?
- Quais operações financeiras são tributadas pelo IOF?
- Como o IOF impacta o mercado financeiro?
- Como o IOF afeta os investimentos de curto prazo?
- Mudanças recentes na legislação do IOF
- Como o IOF afeta quem investe no exterior?
- Bity Payments – envie dinheiro para o exterior de forma rápida e fácil
O que significa IOF?
IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras, um tributo federal brasileiro que incide sobre diversas operações relacionadas ao mercado financeiro.
Sua principal função é regular a economia, desestimulando ou incentivando determinadas práticas financeiras, além de arrecadar recursos para o governo. Esse imposto incide sobre operações como crédito, câmbio, seguros e investimentos.
Além de arrecadatória, a função do IOF é regulatória, pois o governo pode ajustar suas alíquotas conforme objetivos econômicos, como controlar a inflação ou o fluxo de capital estrangeiro.
Bitcoin é um hedge contra a inflação? Entenda agora!
Qual é o objetivo principal do IOF?
O objetivo principal do IOF é regular a economia brasileira, funcionando como um instrumento de política monetária e fiscal do governo.
Além de gerar arrecadação, o IOF é utilizado para:
- Controlar o crédito: ao ajustar as alíquotas do IOF sobre empréstimos e financiamentos, o governo pode estimular ou frear o consumo, influenciando diretamente o volume de crédito na economia.
- Gerir o fluxo de capitais: nas operações de câmbio, o IOF é uma ferramenta para regular a entrada e saída de dólares e outras moedas, ajudando a estabilizar o mercado de câmbio e proteger a moeda nacional.
- Orientar investimentos: a incidência do IOF sobre aplicações financeiras pode tornar algumas opções mais ou menos atrativas, ajudando a direcionar recursos conforme as necessidades do país.
Ou seja, o IOF não é apenas uma fonte de receita para o Estado, mas uma peça estratégica no gerenciamento da economia nacional, sendo frequentemente ajustado conforme o cenário econômico e as metas do governo.
Inflação é boa para a economia? Entenda melhor esse fenômeno
Quais operações financeiras são tributadas pelo IOF?
O Imposto sobre Operações Financeiras incide sobre uma série de transações financeiras realizadas por pessoas físicas e jurídicas. As principais operações tributadas pelo IOF são:
1. Empréstimos, financiamentos e operações de crédito
Sempre que alguém contrai um empréstimo ou financiamento junto a uma instituição financeira, o IOF é cobrado sobre o valor liberado. Isso inclui:
- Crédito pessoal.
- Financiamento de veículos.
- Limite de cheque especial.
- Rotativo do cartão de crédito.
Guia Definitivo: Como investir em criptomoedas em 2025?
2. Câmbio
Qualquer operação de compra ou venda de moeda estrangeira envolve a cobrança de IOF. Isso inclui:
- Compra de dólar ou euro em espécie.
- Transferências internacionais.
- Pagamento de importações e exportações.
As alíquotas variam de acordo com o tipo de operação e o perfil do cliente (pessoa física ou jurídica).
3. Seguros
O IOF também incide sobre a contratação de seguros, como:
- Seguros de vida.
- Seguros de automóveis.
- Seguros de saúde.
As alíquotas podem variar conforme a modalidade do seguro contratado.
4. Investimentos e operações financeiras
Determinados investimentos também são sujeitos à cobrança de IOF, principalmente em aplicações de renda fixa com prazo inferior a 30 dias, como:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário).
- Tesouro Direto.
- Fundos de investimento.
O imposto é cobrado de forma regressiva: quanto menor o prazo de resgate, maior a alíquota.
Vale a pena fazer empréstimo para investir? Análise da Bity
Como o IOF impacta o mercado financeiro?
O IOF desempenha um papel estratégico no mercado financeiro brasileiro, afetando diretamente o custo e o volume de diversas operações. Seu impacto pode ser observado em três principais aspectos:
1. Regulação e controle econômico
O IOF é frequentemente utilizado pelo governo como um instrumento para regular a oferta de crédito e controlar fluxos de capital. Alterações nas alíquotas podem:
- Restringir ou estimular o crédito: ao aumentar o IOF sobre empréstimos, por exemplo, o governo desestimula o consumo e reduz a circulação de dinheiro. Por outro lado, uma redução no imposto pode aquecer a economia.
- Desencorajar a especulação: ajustes na alíquota de IOF sobre operações de câmbio ajudam a controlar a entrada e saída de capital estrangeiro, protegendo a economia contra movimentos especulativos e instabilidade cambial.
2. Aumento do custo das operações
O IOF encarece diversas operações financeiras, como:
- Empréstimos e financiamentos: o custo efetivo total (CET) dessas operações aumenta, impactando diretamente consumidores e empresas.
- Investimentos de curto prazo: aplicações resgatadas em menos de 30 dias sofrem tributação regressiva, reduzindo a atratividade de investimentos muito rápidos.
- Operações de câmbio: viagens internacionais, importações e remessas de dinheiro para o exterior ficam mais caras, o que pode afetar setores como o turismo e o comércio exterior.
3. Influência nas decisões de investimento
Investidores e empresas precisam considerar o impacto do IOF ao planejar aplicações financeiras, contratar seguros ou realizar operações internacionais.
A presença do imposto influencia o prazo das aplicações, a escolha entre crédito nacional ou internacional, e a forma como realizam negócios com o exterior.
Análise de risco ao investir em criptomoedas: guia completo
Como o IOF afeta os investimentos de curto prazo?
Ele impacta diretamente os investimentos de curto prazo, principalmente aqueles com resgates realizados em menos de 30 dias.
A incidência do IOF sobre aplicações financeiras de renda fixa e fundos de investimento funciona como um desestímulo à movimentação rápida de recursos, incentivando prazos mais longos.
1. Cobrança regressiva
Nos investimentos sujeitos ao IOF, a alíquota é regressiva e varia conforme o número de dias entre o aporte e o resgate. Ou seja, quanto mais cedo o investidor retirar o dinheiro, maior será o percentual de imposto aplicado sobre os rendimentos.
Por exemplo:
Nova Tabela Regressiva do IOF (a partir de 23/05/2025)
Dias entre aplicação e resgate | Alíquota de IOF sobre o rendimento |
1 | 100% |
15 | 50% |
30 | 25% |
45 ou mais | 0% |
2. Quais investimentos são afetados?
O IOF sobre investimentos de curto prazo incide, principalmente, sobre:
- CDBs (Certificados de Depósito Bancário).
- LCIs e LCAs, se houver liquidez antes de 90 dias.
- Fundos de renda fixa e multimercados.
- Tesouro Direto, em alguns casos.
Já investimentos como ações e fundos imobiliários (FIIs) não sofrem a incidência de IOF, sendo tributados exclusivamente pelo Imposto de Renda, conforme regras específicas.
3. Impacto na rentabilidade
O IOF pode reduzir drasticamente a rentabilidade de quem resgata aplicações antes de 45 dias. Por isso, é fundamental que o investidor avalie:
- O prazo pelo qual poderá deixar o dinheiro aplicado.
- Se há necessidade de liquidez imediata.
- A relação entre risco, retorno e tributação.
4. Planejamento financeiro
Para quem deseja aplicar recursos por poucos dias, o impacto do IOF pode tornar a operação pouco vantajosa. Em contrapartida, se o objetivo for médio ou longo prazo, o investidor consegue evitar essa tributação.
Stop Loss: como usar na gestão de risco com criptos
Mudanças recentes na legislação do IOF
Em 22 de maio de 2025, o governo brasileiro anunciou mudanças significativas no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que afetam diretamente os investimentos de curto prazo.
Investimentos como CDBs com liquidez diária, fundos DI e Tesouro Selic, tornando-os menos atrativos para resgates antes de 45 dias.
A medida visa desestimular movimentações rápidas de capital e aumentar a arrecadação do governo, estimada em R$ 20,5 bilhões em 2025 com as novas regras do IOF.
A principal alteração foi a ampliação do prazo para isenção do IOF em aplicações financeiras, que passou de 30 para 45 dias. Outras mudanças foram:
Empresas (Pessoa Jurídica)
- Alíquota fixa: aumentou de 0,38% para 0,95%
- Alíquota diária: passou de 0,0041% para 0,0082%
- Carga máxima anual: de até 1,88% para até 3,95%
- Inclui contratos de mútuo entre pessoas jurídicas.
Empresas do Simples Nacional
Para operações até R$ 30 mil, a alíquota anual aumentou de até 0,88% para até 1,95% .
Cooperativas de Crédito
Operações acima de R$ 100 milhões por ano passam a ter alíquota de 3,95% ao ano
Como o IOF afeta quem investe no exterior?
1. Remessas internacionais para investimento
Ao enviar recursos para corretoras ou bancos no exterior para fins de investimento — como ações, ETFs, fundos ou outros ativos — incide a alíquota padrão de 3,5% sobre o valor convertido em moeda estrangeira.
Esta alíquota unificada visa simplificar a tributação, mas aumenta significativamente o custo dessas operações.
Por exemplo: Se um investidor brasileiro remete R$ 50 mil para uma corretora no exterior, pagará R$ 1.750 de IOF (3,5%).
2. Compra de moeda estrangeira em espécie
Se o investidor optar por comprar moeda estrangeira fisicamente para fazer investimentos fora do Brasil, também pagará 3,5% de IOF, independentemente do valor. Antes, essa alíquota era de 1,1%.
3. Uso de cartões internacionais
Investimentos feitos via plataformas que aceitam pagamentos com cartão de crédito internacional — como a aquisição de criptoativos em exchanges estrangeiras — também estão sujeitos à alíquota de 3,5% sobre o valor total.
Conheça o cartão cripto Bitybank!
4. Recebimento de rendimentos ou resgates
Atualmente, o IOF incide apenas na movimentação cambial. Ou seja, ao repatriar recursos de investimentos realizados no exterior, não há nova incidência de IOF, desde que se trate de retorno de capital e rendimentos.
Contudo, podem existir outras incidências tributárias, como IR (Imposto de Renda), conforme a legislação vigente.
5. Empréstimos internacionais
Investidores que captam recursos via empréstimos de curto prazo (com prazo inferior a 365 dias) também enfrentam a alíquota de 3,5% sobre a operação.
Além do IOF, quem investe no exterior deve considerar outros tributos, como:
- IRPF: Imposto de Renda sobre ganho de capital.
- Come-cotas ou DARF mensal: Dependendo do tipo de investimento.
- Tributação diferenciada: Conforme a natureza do ativo (ações, fundos, imóveis etc.).
Bity Payments – envie dinheiro para o exterior de forma rápida e fácil
Se entender o IOF é essencial para planejar seus custos ao movimentar dinheiro internacionalmente, contar com soluções como a Bity Payments pode fazer toda a diferença.
Com pagamentos internacionais via USDT e outras stablecoins, a Bity oferece liquidação instantânea, melhor preço de mercado e praticidade total pelo app.
Esqueça burocracia e taxas imprevisíveis: com a Bity, você envia, paga e recebe globalmente com controle total.