O uso de stablecoins em pagamentos corporativos está ganhando força como alternativa mais rápida, econômica e transparente aos métodos tradicionais de transferência interempresarial, especialmente no contexto globalizado e digital.
Se sua empresa atua em diferentes países ou lida com pagamentos internacionais recorrentes, o uso de stablecoins pode ser o diferencial para ganhar eficiência, economizar e acelerar o fluxo de caixa.
Como funciona na prática:
- Conversão (on-ramp): a empresa pagadora converte reais (ou outra moeda fiduciária) em stablecoins por meio de uma exchange ou provedor de liquidação.
- Transferência on-chain: o valor é enviado diretamente para a carteira da empresa beneficiária ou de fornecedores, liquidação em minutos, sem intermediários bancários.
- Conversão local: o destinatário pode converter as stablecoins recebidas para moeda fiduciária local, se desejar, ou manter os fundos em stablecoin para pagamentos futuros.
Comparativo: B2B com Stablecoins x modelo tradicional
| Critério | B2B com Stablecoins | B2B Tradicional (SWIFT, Wire Transfer) |
| Velocidade de liquidação | Minutos (dependendo da blockchain utilizada). | 1 a 5 dias úteis. |
| Custo por transação | Geralmente inferior a US$ 1 em redes eficientes como Tron e Polygon. | Entre US$ 15 e US$ 50 por transferência internacional, mais tarifas bancárias adicionais. |
| Disponibilidade | 24/7, sem restrição de horário bancário. | Limitado ao horário bancário e dias úteis. |
| Conversão cambial | Flexível, podendo ser feita no momento mais vantajoso ou evitada em pagamentos em USD tokenizado. | Conversão automática e obrigatória, muitas vezes com taxas desfavoráveis. |
| Rastreabilidade | Totalmente on-chain, com registro imutável e transparente. | Limitada, dependendo de registros internos e comunicações bancárias. |
| Flexibilidade operacional | Integração com ERP, smart contracts e automação de pagamentos. | Processos manuais e necessidade de comunicação entre bancos intermediários. |
| Acesso a mercados restritos | Possível, desde que haja provedor de on/off ramp local. | Frequentemente bloqueado por barreiras regulatórias e restrições cambiais. |
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Benefícios para o B2B
- Liquidação rápida — Reduz o tempo de repasse de dias para minutos, acelerando a execução de contratos e o pagamento a fornecedores.
- Custos menores — Diga adeus às taxas elevadas de wire transfer e conversões obrigatórias..
- Rastreabilidade e compliance — Cada transação é registrada de forma imutável, facilitando auditoria e compliance.
- Operação 24/7 — Pagamentos sem restrição de horário, acompanhando diferentes fusos globais..
- Escalabilidade — Ideal para empresas com alto volume de pagamentos internacionais recorrentes.
Grandes marcas como Upwork, Deel e importadoras já utilizam stablecoins para acelerar pagamentos e fugir das taxas dos bancos.
Casos de uso comuns
- Plataformas de freelancers remunerando prestadores globais em USDC ou USDT.
- Indústrias e importadoras pagam fornecedores internacionais diretamente em stablecoin.
- Multinacionais transferem recursos entre subsidiárias em diferentes países sem barreiras bancárias.
- Plataformas SaaS e marketplaces B2B agilizam a liquidação de contratos digitais.
Tendências de mercado para pagamentos corporativos
- Integração com sistemas ERP e tesouraria — Ferramentas como SAP, Oracle NetSuite e QuickBooks já exploram integrações nativas para pagamentos em stablecoins.
- Automação via smart contracts — Pagamentos programados e condicionais, que liberam fundos automaticamente quando critérios contratuais são cumpridos.
- Uso de stablecoins regulamentadas — Adoção crescente de moedas estáveis emitidas sob marcos legais como o MiCA (UE) e o GENIUS Act (EUA).
- Tokenização de contas a pagar e a receber — Transformando obrigações financeiras corporativas em ativos digitais negociáveis.
Informação do mercado: Empresas que adotam stablecoins podem reduzir custos operacionais em até 70% e melhorar o ciclo de capital de giro com liquidações quase em tempo real, segundo estudo da Conduit.
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