O mercado de stablecoins cresceu a ponto de se tornar essencial no ecossistema cripto e nas finanças digitais.
Mas esse avanço também trouxe desafios: transparência das reservas, prevenção à lavagem de dinheiro (AML) e proteção do investidor.
A regulação busca equilibrar inovação e segurança, criando padrões de governança para emissores e intermediários. Hoje, países e blocos econômicos convergem em três pontos principais:
✔️ reservas 1:1 em ativos seguros
✔️ auditorias independentes
✔️ regras claras de liquidez e custódia
Por que a regulação é fundamental no ecossistema de Stablecoins
Antes das normas, havia insegurança jurídica e risco sistêmico. Hoje, Stablecoins como USDT e USDC já movimentam mais do que o Bitcoin em transferências globais, servindo como base para:
- Pagamentos internacionais
- Liquidações financeiras
- Operações em DeFi
A regulação é crucial para:
- Aumentar a confiança de investidores e instituições financeiras.
- Garantir resgates e estabilidade em momentos de crise.
- Prevenir fraudes, abusos de mercado e manipulações.
- Atrair bancos, fintechs e emissores globais para o ecossistema de pagamentos digitais, em ambiente seguro e regulado.

Consulta Pública nº 111 do Banco Central
No Brasil, o Banco Central publicou a Consulta Pública nº 111/2024, destinada a receber contribuições sobre a regulamentação de Stablecoins e sua integração ao sistema financeiro.
O movimento segue a linha de adequar Stablecoins ao marco legal das criptomoedas (Lei 14.478/2022) e preparar terreno para complementar o Drex, a moeda digital oficial do BC. A consulta destaca a preocupação com interoperabilidade, transparência de reservas e integração às normas de câmbio.
Principais propostas:
Entre os pontos centrais da CP 111 estão:
- Limitar a emissão de stablecoins a instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio.
- Exigir reserva integral em ativos líquidos e seguros, com auditoria independente.
- Criar mecanismos de reporte periódico ao BC sobre lastro, circulação e risco operacional.
- Estabelecer regras para uso de stablecoins em pagamentos internacionais, garantindo rastreabilidade e conformidade com AML/KYC.
- Integrar stablecoins à agenda de inovação financeira (Pix, Drex e open finance).
Debates e repercussões no setor
O setor recebeu a CP 111 com otimismo, mas também levantou preocupações. Especialistas apontam que:
- A exigência de autorização bancária pode limitar a inovação e a entrada de novos players.
- Custos de compliance elevados podem desestimular startups e emissores independentes.
- Há riscos de sobreposição entre stablecoins privadas e o Drex, o que pode afetar a competição.
Por outro lado, a regulação deve abrir caminho para parcerias entre bancos, fintechs e emissores globais, fortalecendo o Brasil como polo de pagamentos digitais.
Regulação internacional de Stablecoins: principais modelos e tendências
Vários países já deram passos importantes:
- EUA: O GENIUS Act (2025) criou o primeiro regime federal, restringindo emissão a bancos e entidades aprovadas pela OCC, com exigência de reservas 1:1, relatórios mensais auditados e proibição de juros sobre Stablecoins.
- Europa: O MiCA (Markets in Crypto-Assets Regulation) padroniza normas para todo o bloco europeu, com foco em reservas, governança e proteção do consumidor.
- Hong Kong: O regime da HKMA exige licenciamento obrigatório, auditorias frequentes e lastro seguro, buscando atrair emissores globais sob um marco de confiança.
Panorama comparativo (2024–2025): requisitos regulatórios
| Região | Status | Quem pode emitir | Reservas | Auditoria/Relatórios | Supervisor |
| Brasil | Consulta Pública 111 (2024) + PL 4.308/24 | Bancos autorizados a operar câmbio | 100% em ativos líquidos/seguros | Reporte ao BC | Banco Central |
| EUA | GENIUS Act (2025) | Bancos e OCC aprovados | 1:1 em ativos seguros | Relatórios mensais auditados | OCC, Fed, FDIC |
| UE | MiCA (2024) | Emissores de ART/EMT autorizados | Reservas de alta qualidade | Whitepaper + auditorias | EBA/ESMA |
| Hong Kong | Regime HKMA (2025) | Emissores licenciados | Reservas seguras | Auditoria periódica | HKMA |
Compliance por jurisdição
| Região | AML/KYC | Custódia | Estrangeiros | Observações |
| Brasil | Regras em discussão; foco em câmbio | Segregação proposta | Sem passaporte | Debate sobre autocustódia |
| EUA | Exigência de BSA/AML | Segregação garantida | Registro obrigatório | Proibição de juros |
| UE | AML alinhado à UE | Capital + transparência | Autorização obrigatória | Restrição a algorítmicas |
| Hong Kong | AML/CFT rígido | Governança sob HKMA | Licença local exigida | Regime iniciou em 2025 |
Esses modelos convergem na exigência de transparência e supervisão, mas divergem no grau de abertura a emissores não bancários.

Compliance como diferencial competitivo
Empresas que investem em compliance robusto (auditorias, governança transparente, políticas AML/KYC rígidas) saem na frente:
- Geram confiança institucional e atraem investidores globais.
- Facilitam parcerias internacionais e aceleração de negócios.
- Reduzem riscos reputacionais em um setor sensível a fraudes.
Hoje, compliance não é custo, mas estratégia competitiva.
O futuro da regulação de stablecoins
O cenário aponta para uma regulação globalizada e interoperável, com três grandes tendências:
- Equivalência regulatória internacional (GENIUS Act já prevê).
- Convergência entre stablecoins privadas e CBDCs (sistema híbrido).
- Relatórios em tempo real + IA para AML.
Segundo a Chainalysis, mercados com regras claras já apresentam um volume até 40% maior de transações legítimas em stablecoins, mostrando que segurança e clareza são essenciais para atrair empresas, investidores e novos projetos para o ecossistema digital.
Ao apostar em transparência e seguir os melhores padrões de compliance, você coloca sua empresa um passo à frente: conquista credibilidade, abre portas para parcerias internacionais e simplifica a expansão global do seu negócio.
Sua empresa pronta para o futuro
Ao apostar em transparência e seguir os melhores padrões de compliance, você coloca sua empresa um passo à frente:
✔️ mais credibilidade
✔️ mais parcerias internacionais
✔️ expansão global simplificada
Não fique de fora da transformação financeira do futuro!
Conheça o Bity Payments, e tenha conformidade, liquidez e total segurança em seus pagamentos digitais internacionais.




