13 Principais Casos de Uso para Stablecoins em 2025

As stablecoins se tornaram uma peça-chave no ecossistema cripto e, mais do que isso, um instrumento essencial para acelerar a digitalização das finanças globais. Por oferecerem estabilidade de valor e liquidez, elas viabilizam não apenas transações cotidianas, mas também operações complexas em escala internacional.

Segundo a Circle, emissora da USDC, “stablecoins não apenas aproximam o blockchain do sistema financeiro tradicional, mas também são o elo entre diferentes economias”.

A seguir, listamos os 13 principais casos de uso das stablecoins, com aplicações práticas para indivíduos, empresas e instituições.

1. Pagamentos digitais com taxas reduzidas

Stablecoins como USDC e USDT são largamente utilizadas para pagamentos diretos — seja para serviços online, seja no varejo físico. Com taxas de rede mínimas (frequentemente abaixo de US$ 0,01 em blockchains otimizadas), esses ativos oferecem uma alternativa viável aos cartões de crédito e boletos bancários.

Esse tipo de pagamento se tornou popular em regiões onde o custo bancário é elevado. Plataformas como o Bity Payments viabilizam o uso de stablecoins em transferências comerciais com custos reduzidos e liquidação instantânea.

2. Remessas internacionais entre pessoas

Enviar dinheiro entre países é um dos casos de uso mais impactantes das stablecoins. Em vez de depender de bancos ou empresas como Western Union, é possível enviar ativos como USDT diretamente para a carteira de outro usuário em segundos.

Para entender como isso é feito na prática, veja como mandar e receber dinheiro do exterior com stablecoins, usando apenas um app e uma wallet.

Além da economia de taxas, esse modelo garante mais autonomia, rapidez e rastreabilidade, especialmente em países com sistemas financeiros frágeis ou inflação elevada.

3. Transações 24/7, sem restrições bancárias

Por serem baseadas em blockchain, as stablecoins permitem operações ininterruptas, inclusive em finais de semana e feriados. Esse fator é especialmente útil para empresas globais que operam em múltiplos fusos horários.

O modelo favorece também freelancers, nômades digitais e trabalhadores remotos que buscam formas mais ágeis de receber pagamentos sem depender do sistema bancário tradicional. Entenda mais sobre o papel da stablecoin nesse contexto no artigo sobre remessas diretas com cripto.

4. Pagamentos internacionais entre empresas

Empresas que precisam transferir valores entre subsidiárias ou fornecedores em diferentes países têm nas stablecoins uma ferramenta eficaz para evitar spreads cambiais, altas taxas e longos prazos bancários.

A adoção tem crescido em setores como e-commerce, importação e serviços técnicos internacionais. O conteúdo sobre pagamentos internacionais para empresas com stablecoins detalha como esse tipo de operação funciona e quais seus benefícios operacionais e fiscais.

5. Conversão de moedas (câmbio digital)

Stablecoins tornam possível trocar moedas fiduciárias de forma rápida e transparente. Por exemplo, converter BRL para USDC, e então para EUR, pode ser mais barato e ágil do que o câmbio bancário convencional.

Esse tipo de operação é utilizado por investidores, turistas, importadores e exportadores. Além disso, comparativos como o de USDT e USDC ajudam a entender qual stablecoin é mais vantajosa para cada perfil de usuário ou transação.

6. Proteção contra volatilidade em portfólios cripto

Investidores utilizam stablecoins para estacionar capital durante momentos de alta volatilidade, mantendo o valor sem precisar sair do universo blockchain.

Durante correções de mercado, converter parte dos ativos em stablecoins reduz o risco de perda e permite aproveitar oportunidades com mais flexibilidade. Essa prática é uma das mais comuns entre traders experientes e é detalhada no artigo sobre vantagens e desvantagens do Tether (USDT).

7. Armazenamento de valor em países com inflação alta

Em países com moedas desvalorizadas ou políticas monetárias instáveis, as stablecoins funcionam como meios de reserva de valor e proteção patrimonial.

Esse uso se intensificou em economias como Argentina, Venezuela, Nigéria e Turquia, onde a demanda por dólar digital se tornou cotidiana. Com a digitalização do câmbio, também cresce o interesse por investir em stablecoins mesmo com o IOF alto, buscando alternativas ao sistema bancário tradicional.

8. Integração com contratos inteligentes e DeFi

Stablecoins são o combustível de muitas aplicações de finanças descentralizadas (DeFi), como staking, empréstimos, yield farming e derivativos. Ao serem programáveis, elas permitem operações automatizadas e liquidações instantâneas via smart contracts.

Além disso, stablecoins são usadas como colateral em diversas plataformas, facilitando o acesso a crédito sem bancos ou fiadores. Esse papel central no DeFi está moldando uma nova geração de infraestrutura financeira sem fronteiras.

9. Distribuição de pagamentos programáveis

Com stablecoins, é possível configurar pagamentos recorrentes e automatizados, como salários, comissões e royalties. Isso é especialmente útil para empresas que precisam manter um fluxo constante de pagamentos internacionais.

Esse modelo pode ser combinado com contratos inteligentes para reduzir o trabalho manual, evitar atrasos e garantir cumprimento de prazos — algo essencial para a escalabilidade de negócios digitais.

10. Liquidez para marketplaces e plataformas

Plataformas digitais que operam em diversos países estão usando stablecoins como base para liquidação de vendas. Isso facilita o recebimento por parte de vendedores internacionais e simplifica a gestão financeira.

É o caso de marketplaces P2P, plataformas de freelancers, provedores de games e e-commerce internacional. O modelo também reduz o risco de chargeback e a dependência de sistemas bancários com regras específicas por país.

11. Alternativa a contas bancárias tradicionais

Em regiões onde o acesso a bancos é restrito, as stablecoins funcionam como alternativa real para inclusão financeira. Basta um smartphone com internet para abrir uma wallet, receber e movimentar valores globalmente.

Essa solução é especialmente útil para migrantes, trabalhadores informais e microempreendedores. Para entender os aspectos tributários dessa movimentação, veja como o IOF incide no mercado cripto, especialmente nas conversões entre moedas digitais e reais.

12. Reserva de emergência digital

Stablecoins permitem que indivíduos mantenham reservas financeiras acessíveis, estáveis e com liquidez imediata — ideal para situações de emergência ou instabilidade geopolítica.

Diferente de investimentos tradicionais com resgate demorado, a stablecoin está sempre pronta para ser usada ou convertida com agilidade. Isso é fundamental para quem vive em regiões politicamente instáveis ou sob regimes de controle cambial.

13. Suporte a remessas empresariais complexas

Empresas que operam com exportação e importação utilizam stablecoins para evitar flutuações cambiais no fechamento de contratos e pagamento de fornecedores. Isso reduz riscos financeiros e facilita o planejamento de caixa.

Como detalhado no guia sobre remessas internacionais para pessoa jurídica, o uso de stablecoins pode gerar economia e previsibilidade em operações de grande porte — especialmente em cadeias logísticas globais.