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Este material é informativo e não constitui recomendação de investimento. Criptoativos são voláteis e podem resultar em perda total do capital investido.
A Ripple (XRP) é uma das criptomoedas mais antigas em operação, criada com o propósito de otimizar pagamentos internacionais e liquidações entre instituições financeiras. Seu foco não está em ser uma blockchain pública de propósito geral, mas sim em fornecer infraestrutura para remessas, câmbio e transferências interbancárias com alta velocidade e baixo custo.
A empresa Ripple Labs, sediada nos Estados Unidos, desenvolveu o XRP Ledger (XRPL) — um protocolo de consenso proprietário que permite transações em apenas 3 a 5 segundos, com taxas próximas de zero. O token XRP funciona como uma moeda-ponte (bridge asset), usada para prover liquidez entre diferentes moedas fiduciárias e reduzir a dependência de bancos correspondentes.
A tese da Ripple se sustenta na hipótese de que a infraestrutura blockchain pode substituir sistemas legados como o SWIFT, permitindo liquidação instantânea de pagamentos cross-border e reduzindo o custo operacional de grandes instituições financeiras.
Esse modelo se encaixa especialmente no conceito de “liquidez sob demanda” (On-Demand Liquidity – ODL), em que o XRP é usado temporariamente para cobrir fluxos de pagamento em diferentes jurisdições.
Oferta e política monetária
O fornecimento total do XRP é fixo em 100 bilhões de tokens, todos criados no momento do lançamento do protocolo. Diferente de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, o XRP não é minerado — sua emissão inicial foi pré-minada, e a maior parte foi alocada à Ripple Labs e aos fundadores, com liberação programada em contratos de escrow (custódia temporária).
Atualmente, cerca de 55% do supply total já foi liberado, e a empresa libera aproximadamente 1 bilhão de XRP por mês, parte do qual é vendido para financiar operações e manter a liquidez do ecossistema. Tokens não utilizados retornam ao escrow, o que suaviza a oferta circulante e evita diluição excessiva.
A política monetária do XRP é, portanto, semi-deflacionária: não há nova criação de tokens, e cada transação queima uma fração mínima (0,00001 XRP) como taxa, o que reduz o supply ao longo do tempo — ainda que de forma muito lenta.
Síntese deste tópico
O XRP Ledger (XRPL) utiliza um protocolo de consenso proprietário chamado Ripple Protocol Consensus Algorithm (RPCA), que difere dos modelos de Proof of Work e Proof of Stake. Nesse sistema, um conjunto validado de nós confiáveis (UNL – Unique Node List) valida e concorda com o estado da rede a cada rodada de consenso.
Essa abordagem prioriza velocidade e eficiência energética, permitindo até 1.500 transações por segundo, com custo médio inferior a US$ 0,0002.
O XRPL é um livro-razão público e de código aberto, embora seu modelo de governança seja mais centralizado do que o de blockchains permissionless. A Ripple Labs mantém controle relevante sobre a seleção de validadores e sobre o desenvolvimento do protocolo, o que garante estabilidade, mas reduz o grau de descentralização.
A rede suporta emissão de ativos sintéticos, stablecoins e tokens corporativos, além de permitir DEX nativo, funções de multiassinatura e canais de pagamento otimizados para liquidação instantânea.
Em 2024, o XRPL lançou suporte experimental a contratos inteligentes leves e integrou recursos para tokenização de ativos reais (RWA), fortalecendo seu papel como infraestrutura para o sistema financeiro tradicional.
Diferenciais estruturais
A principal vantagem competitiva da Ripple é o foco institucional. Enquanto blockchains como Ethereum e Solana buscam escalabilidade e uso aberto, a Ripple se especializou em atender bancos, fintechs e provedores de remessas internacionais.
A empresa oferece APIs e infraestrutura plug-and-play para integração com sistemas bancários, permitindo liquidação quase instantânea entre moedas distintas usando XRP como ativo intermediário.
Além disso, o modelo de liquidez sob demanda elimina a necessidade de pré-financiamento em contas Nostro/Vostro, um problema estrutural do sistema bancário internacional. Isso torna o XRP uma ferramenta estratégica para otimizar o capital circulante de instituições globais.
Limitações e pontos críticos
A principal limitação do modelo Ripple é a centralização relativa da governança e a dependência da empresa Ripple Labs para manutenção e expansão institucional. Embora o XRPL seja open source, as atualizações e decisões de roadmap ainda passam, em grande parte, pela Ripple.
Outro ponto crítico é o risco regulatório, especialmente nos Estados Unidos, onde a Ripple enfrentou ação judicial da SEC (U.S. Securities and Exchange Commission), acusada de vender XRP como valor mobiliário não registrado.
A infraestrutura técnica da Ripple é madura, segura e amplamente testada em ambiente institucional. Sua eficiência operacional é superior à de muitas blockchains públicas, mas essa eficiência vem acompanhada de maior controle corporativo e menor descentralização, um trade-off consciente que posiciona o XRP como infraestrutura financeira, e não plataforma de inovação aberta.
O XRP é usado como ativo de liquidez instantânea dentro do sistema RippleNet e na solução On-Demand Liquidity (ODL), onde facilita transações entre diferentes moedas fiduciárias. Em vez de bancos manterem saldos pré-financiados em contas estrangeiras, o XRP é comprado no mercado no momento da transação, enviado para o país de destino e convertido na moeda local — tudo em segundos.
Além de seu uso como moeda-ponte, o XRP também tem funções secundárias:
Adoção e expansão institucional
A Ripple mantém parcerias com centenas de instituições financeiras, incluindo bancos, fintechs e empresas de remessas. Em 2024, a Ripple anunciou novos acordos com bancos da Ásia, América Latina e África, ampliando o uso do ODL em regiões com alto custo cambial.
O XRPL também se tornou base para iniciativas de CBDCs (moedas digitais de bancos centrais) em fase piloto, com parcerias públicas em Palau e Butão.
O ecossistema paralelo de desenvolvedores independentes vem crescendo com a expansão do XRP Ledger Foundation e iniciativas de tokenização de ativos e stablecoins regionais. Isso reforça o uso do XRPL além do sistema RippleNet, ainda que em escala menor.
Vetores de crescimento
Os principais vetores de demanda para o XRP são:
O XRP enfrenta três frentes de risco fundamentais:
Há também o risco de redução de uso do XRP se bancos e fintechs optarem por integrações via stablecoins reguladas ou redes privadas permissionadas.
Indicadores-chave (3–6 meses)
O Ripple (XRP) combina maturidade tecnológica, foco institucional e um caso de uso sólido no setor financeiro global. Seu valor fundamental deriva da adoção de soluções de liquidez instantânea (ODL) e da capacidade de integração com bancos centrais e redes de pagamento, e não de especulação pura.
A clareza regulatória obtida em 2023 fortaleceu o posicionamento do projeto, mas sua dependência da Ripple Labs e o ritmo de adoção institucional ainda representam fatores críticos.
Se a empresa continuar expandindo parcerias bancárias e consolidar o XRP como ponte cambial global, o ativo poderá manter relevância estrutural no cenário de finanças digitais. Caso contrário, corre o risco de ser superado por stablecoins e redes mais abertas.
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